sábado, 15 de dezembro de 2012


ONG BRASIL 2012 - Conheça os principais assuntos discutidos dentro do tema Sustentabilidade e Desenvolvimento

Por Cristiane Sobral da Silva, administratora, trabalhou na Cáritas e no CEAC, desenvolvendo funções ligadas a gestão das entidades.

- ArteSol: ontem e hoje, com Maria Lopes da ArteSol – Artesanato Solidário - palestra envolveu o questionamento da metodologia hoje em curso, pois de início o projeto era de geração de renda e agora passado essa meta discute-se como levar o artesanato de tradição para além das fronteiras, quebrando paradigmas, mapeando e replanejando ações, ampliação da rede ArteSol fundamentada no Comércio Justo, focando em projetos e comercialização. Com esse processo o objetivo maior é não deixar desaparecer o saber da comunidade, pois em não havendo a passagem para outras gerações a tendência é o desaparecimento do artesanato daquela comunidade.

- Programa de Educação em Valores Humanos - Dalton de Souza Amorim, fundador da Escola Sathya Sai de Ribeirão Preto, apresentou que além das matérias obrigatórias, a escola realiza também o Programa de Educação em Valores Humanos, com os seguintes valores capitais: Amor, Verdade, Retidão, Paz interior e Não-violência. Estão sediados na periferia e em mais 25 locais pelo Brasil com evasão próxima a zero e satisfação de 94% dos pais, tudo gratuitamente e sem vinculo religioso.

- Projeto Conviver - A Fundação Fé e Alegria, representada pela Maria de Fátima, Assistente Social, apresentou o Projeto Conviver em interação em Vazantes-CE, além do Vazante Vive, buscando o envolvimento para buscar políticas públicas além de outros projetos desenvolvidos a vários públicos: jovens, famílias, comunidade e idoso.

- A Fundação Espaço Eco, apresentada pelo Fernando, proporcionou conhecimento dos serviços prestados principalmente em Consultoria de projetos da Fundação para se manter como OSCIP, que é apoiada pelo governo alemão, cujo foco são as PME´s.

- Segunda sem carne - a HSI, representada pelo Guilherme,  apresentou o evento realizado pelo mundo inteiro para que pessoas se conscientizem sobre o consumo excessivo de carne e os danos causados ao meio ambiente e a todos os seres vivos.

- Instituto Alana, com a Mônica Xavier, falou do Consumismo e Infância, enfatizou  comerciais que são dirigidos as crianças e não aos pais, direcionado ao consumismo exacerbado e as promessas irreais que trazem tais peças publicitárias para famílias, sociedade e meio ambiente.

- O Consulado da Mulher, apresentado pelo Cristiano Basile, retratou o projeto de geração de renda direcionado as mulheres aplicando metodologias e viabilizando projetos como Mulher Empreendedora e Usina do Trabalho.

- Instituto Recicle com a palestra: Arte como campo de conhecimento para Desenvolvimento Sustentável, apresentada pela Renata, onde retratou a arte como meio de aprendizagem de diversas formas e saberes, tendo como missão o desenvolvimento local alicerçado na autonomia e vivências práticas, onde cita o Programa Nacional de Desenvolvimento Local, idealizado em lei por obra de Ladislaw Dawbor.

- Instituto Saber Solidário trouxe um case: A experiência de uma cooperativa de catadores, pela Eni, basicamente relata a construção e compartilhamento do conhecimento nos Empreendimentos de Economia Solidária, representado pela cooperativa de catadores de Materiais Recicláveis que buscam a sustentabilidade socioeconômica, comunidade de prática, como instrumento de aprendizagem coletiva dentro da organização social do trabalho cujas características são : engajamento mútuo, própria comunidade e prática.

- Palestra Cultura de Paz – Ações de Prevenções à Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes, realizada pelo Eduardo José Pan, comunicador social, representante da Liga Solidária, que abordou ações desenvolvidas para uma cultura de paz junto a comunidade onde está inserida

- Sustentabilidade das organizações além do discurso, com Marco Milani, falando sobre conceitos e formas de se introduzir a temática nas empresas, incluindo acompanhamento de indicadores de sustentabilidade e critérios para cada tipo de empresa e sua sobrevivência no mercado a longo prazo.

- Meio Ambiente e Saúde, apresentada por Evagelina, falando da urbanização, poluição e mudanças climáticas que são os grandes desafios do século XXI, inclusive de pesquisas científicas realizadas em São Paulo.

- Palestra Microcrédito e Renda Básica Garantida, pelo Marcus Vinicius da Recivitas, relatou a experiência desenvolvida em Quatinga Velho (Mogi Mirim) onde se desenvolveu o projeto de repasse de renda mensal aos moradores da comunidade, inclusive com possibilidades de replicação em outras comunidades e países.

- Fórmula escoteira para a criação de um mundo sustentável, com Daniel Franco, publicitário, onde explanou sobre o movimento escotismo pelo Brasil e seus dez valores principais,integrando os conceitos de sustentabilidade à vida dos jovens, sempre pautado pelo coletivo em detrimento do individual, instigando e construindo junto ao jovem a verdadeira liberdade.

- Seminário Aprendendo sobre avaliação a partir de estudo de casos, onde fomos instigados a quebrar paradigmas e nos transformarmos em consultores mediante a apresentação de um estudo de caso real de consultoria que fora solicitado ao Instituto Fonte, por meio de Marilene e Martina, nos levaram a equacionar a avaliação, apresentar indicadores e soluções ao caso como um todo.

- Negócios com impacto social, com o Michel (Dialogo Social/Criando), relatando sobre produtos e serviços no terceiro setor, e a urgente necessidade de profissionalização para se chegar aos resultados desejados, elencou ferramentas de gestão disponíveis para todos os níveis de gestão e possibilidades de negócios e até franquia social onde se repassa a tecnologia social para ser replicada, incluindo a tributação inerente ao negócio, ou seja venda da missão/causa e não simplesmente do produto, e estes tem que ser criativos e inovadores para que se conquiste o consumidor.

Já está confirmada a edição de 2013 que será de 28 a 30/11/2013, no Expo Center Norte, São Paulo. Transforme uma idéia em ação. Para informações www.ongbrasil.com.br .


ONG Brasil 2012 - O terceiro setor terá de trabalhar em rede

Por Cristiane Sobral da Silva - administratora, trabalhou na Cáritas e no CEAC, desenvolvendo funções ligadas a gestão das entidades.

O evento ocorrido nos dias 6 e 7 de dezembro últimos contou com Congresso e Feira, sendo que esse ano houve uma programação diferente em relação à edição anterior: As temáticas foram divididas em 3 eixos: Sustentabilidade e Desenvolvimento; Participação da Sociedade por um Brasil melhor e Relação ONGs com a sociedade, empresas e governo, além de outros seminários de temáticas diversas, inclusive curso de 4 horas do SICONV (Portal de Convênios do Governo Federal), com presença dos  facilitadores de vários órgãos federais.
A Feira estava bem diversificada e entidades de todos os setores estavam representadas, mas ainda sem grandes inovações e criatividade, com algumas exceções e presenças do segundo setor que estabelecem a tendência do setor 2,5, que abraça a causa mas com o econômico e ambiental juntos.
Já o Congresso foi bem rico e fora unânime entre palestrantes e entidades dos mais variados setores que o terceiro setor terá que trabalhar em rede se quiser evoluir, além de profissionalizar a entidade como um todo e alguns chegam a falar em selos e normas de eficiência para o terceiro setor como um todo num médio prazo, além de muita criatividade e inovação para buscar novos projetos e a própria sobrevivência da entidade, independente de seu tipo ou tamanho.
É urgente a profissionalização de gestão e processos, é preciso se sonhar grande, os paradigmas precisam ser quebrados para levarem o terceiro setor a outro patamar, o da transparência, do impacto social e do accountability. 

domingo, 9 de dezembro de 2012


ONG BRASIL 2012 - Relação entre 2º. e 3º. Setor:
A união de quem tem o recurso com quem precisa dele

Fonte: Ângela Moraes

Segundo o gerente de projetos da Nissan, Celso Estrela, a multinacional japonesa destinou para investimento no setor Social em 2013 cerca de 3 milhões de reais, conforme relatou no debate promovido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), no último dia 6, na ONG BRASIL 2012. A gerente de projetos da IBM, Ana Cláudia, por sua vez, não pode mencionar valores, mas enfatizou, comoventemente: “Organizações Sociais, continuem fazendo o que vocês sabem fazer, que é cuidar do setor social. Nós (empresas) precisamos de vocês!”.
Essas duas declarações retrataram não só a visão de duas grandes multinacionais, mas também é a preocupação da maioria das empresas em atender às regulamentações de Responsabilidade Social, de todos os portes.

Por isso, o que ficou é: as verbas existem. Mas como ter acesso a elas?
Os debatedores foram enfáticos no mesmo ponto: é preciso que os projetos venham com objetividade, clareza de propósito e que as ações possam ser mensuradas (impacto social). Outro ponto extremamente importante é a transparência da organização proponente em relação ao uso das verbas, com a devida prestação de contas. Somente com essa contrapartida por parte das instituições é que os projetos podem ser levados à avaliação dos acionistas, revela Ana Cláudia.

Além disso, outras estratégias podem contribuir para a aprovação do seu projeto pela empresa:

- Procure no site das empresas qual é o seu foco social: Crianças? Jovens? Educação? Meio ambiente? Geração de Renda? – projetos não alinhados com o propósito da empresa são automaticamente descartados;

- A maior parte das empresas busca valorizar o seu entorno, portanto, apresente seus projetos junto aos empresário próximos de seu núcleo de atendimento; caso não dê certo, aí sim procure buscar àqueles que deixam claro em seu propósito expandir para diversas áreas.

- Abra espaço para que a empresa participe do projeto, faça alterações nele, insira seus funcionários como voluntários e mantenham um diálogo aberto e transparente!

Estrela, gerente da Nissan, demonstra também compreensão em relação às dificuldades do 3º. Setor e revela: já contribuímos em situações anteriores também com a organização interna da instituição, contratando profissional de comunicação, marketing ou administração. “Mas é preciso que o dirigente esteja aberto à ideia de que a instituição não é dele, é de todos”, alerta.

Portanto, diálogo, profissionalismo, transparência e comprometimento com a transformação social têm cada vez mais espaço entre as verbas do 2º Setor. Desafio ou realidade do 3º Setor em Bauru e região?

#fica a reflexão

ONG BRASIL 2012

Congresso ONG Brasil reúne autoridades do setor no primeiro dia do evento

Fonte: Assessoria de Imprensa ONG BRASIL

A inédita participação do Governo Federal marcou o primeiro dia do evento. O curso gratuito "SICONV para OSC" sobre o Sistema de Convênios, Contratos de Repasse e Termos de Parceria do Governo Federal (Siconv) voltado para Organizações da Sociedade Civil teve as expectativas superadas e contou com 400 participantes, mais que o dobro dos 180 inscritos previamente.
O curso realizado pela Secretaria-Geral da Presidência da República tem seu sucesso explicado por sua gratuidade - cursos semelhantes são oferecidos comercialmente por consultorias especializadas -, por sua amplitude, já que acontece nos três dias de congresso, e pelo fato de acontecer paralelamente ao Tira-Dúvidas.
O Tira-Dúvidas é um balcão de atendimento montado pela da Secretaria-Geral da Presidência da República no qual 40 servidores de 10 ministérios diferentes ficam durante todo o congresso à disposição dos visitantes para tirar dúvidas sobre os convênios entre as organizações da sociedade civil e o poder público, problemática que figura entre as mais recorrentes do universo das ONG.
A diversidade das entidades participantes do evento, a relevância das mesas do congresso e a ampliação do papel do evento como canal de interlocução intersetorial foram destacadas por Vera Masagão Ribeiro, diretora-executiva da Abong e membro da Plataforma por um Novo Marco Regulatório das OSC. "A ONG Brasil agora é um chamado para as OSC serem uma voz autônoma que colabora com governos e com o controle social das políticas de estado", disse.