ONG BRASIL 2012 - Relação entre 2º. e 3º. Setor:
A união de quem tem o recurso com quem precisa dele
Fonte: Ângela Moraes
Segundo o gerente de projetos da Nissan, Celso Estrela, a
multinacional japonesa destinou para investimento no setor Social em 2013 cerca
de 3 milhões de reais, conforme relatou no debate promovido pela Associação
Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), no último dia 6, na ONG BRASIL
2012. A gerente de projetos da IBM, Ana Cláudia, por sua vez, não pode
mencionar valores, mas enfatizou, comoventemente: “Organizações Sociais,
continuem fazendo o que vocês sabem fazer, que é cuidar do setor social. Nós
(empresas) precisamos de vocês!”.
Essas duas declarações retrataram não só a visão de duas grandes
multinacionais, mas também é a preocupação da maioria das empresas em atender às regulamentações de Responsabilidade Social, de todos os portes.
Por isso, o que ficou é: as verbas existem. Mas como ter
acesso a elas?
Os debatedores foram enfáticos no mesmo ponto: é preciso que
os projetos venham com objetividade, clareza de propósito e que as ações possam
ser mensuradas (impacto social). Outro ponto extremamente importante é a
transparência da organização proponente em relação ao uso das verbas, com a
devida prestação de contas. Somente com essa contrapartida por parte das
instituições é que os projetos podem ser levados à avaliação dos acionistas,
revela Ana Cláudia.
Além disso, outras estratégias podem contribuir para a
aprovação do seu projeto pela empresa:
- Procure no site das empresas qual é o seu foco social: Crianças?
Jovens? Educação? Meio ambiente? Geração de Renda? – projetos não alinhados com
o propósito da empresa são automaticamente descartados;
- A maior parte das empresas busca valorizar o seu entorno,
portanto, apresente seus projetos junto aos empresário próximos de seu núcleo
de atendimento; caso não dê certo, aí sim procure buscar àqueles que deixam
claro em seu propósito expandir para diversas áreas.
- Abra espaço para que a empresa participe do projeto, faça
alterações nele, insira seus funcionários como voluntários e mantenham um
diálogo aberto e transparente!
Estrela, gerente da Nissan, demonstra também compreensão em
relação às dificuldades do 3º. Setor e revela: já contribuímos em situações
anteriores também com a organização interna da instituição, contratando
profissional de comunicação, marketing ou administração. “Mas é preciso que o
dirigente esteja aberto à ideia de que a instituição não é dele, é de todos”,
alerta.
Portanto, diálogo, profissionalismo, transparência e
comprometimento com a transformação social têm cada vez mais espaço entre as
verbas do 2º Setor. Desafio ou realidade do 3º Setor em Bauru e região?
#fica a
reflexão
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