domingo, 9 de dezembro de 2012


ONG BRASIL 2012 - Relação entre 2º. e 3º. Setor:
A união de quem tem o recurso com quem precisa dele

Fonte: Ângela Moraes

Segundo o gerente de projetos da Nissan, Celso Estrela, a multinacional japonesa destinou para investimento no setor Social em 2013 cerca de 3 milhões de reais, conforme relatou no debate promovido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), no último dia 6, na ONG BRASIL 2012. A gerente de projetos da IBM, Ana Cláudia, por sua vez, não pode mencionar valores, mas enfatizou, comoventemente: “Organizações Sociais, continuem fazendo o que vocês sabem fazer, que é cuidar do setor social. Nós (empresas) precisamos de vocês!”.
Essas duas declarações retrataram não só a visão de duas grandes multinacionais, mas também é a preocupação da maioria das empresas em atender às regulamentações de Responsabilidade Social, de todos os portes.

Por isso, o que ficou é: as verbas existem. Mas como ter acesso a elas?
Os debatedores foram enfáticos no mesmo ponto: é preciso que os projetos venham com objetividade, clareza de propósito e que as ações possam ser mensuradas (impacto social). Outro ponto extremamente importante é a transparência da organização proponente em relação ao uso das verbas, com a devida prestação de contas. Somente com essa contrapartida por parte das instituições é que os projetos podem ser levados à avaliação dos acionistas, revela Ana Cláudia.

Além disso, outras estratégias podem contribuir para a aprovação do seu projeto pela empresa:

- Procure no site das empresas qual é o seu foco social: Crianças? Jovens? Educação? Meio ambiente? Geração de Renda? – projetos não alinhados com o propósito da empresa são automaticamente descartados;

- A maior parte das empresas busca valorizar o seu entorno, portanto, apresente seus projetos junto aos empresário próximos de seu núcleo de atendimento; caso não dê certo, aí sim procure buscar àqueles que deixam claro em seu propósito expandir para diversas áreas.

- Abra espaço para que a empresa participe do projeto, faça alterações nele, insira seus funcionários como voluntários e mantenham um diálogo aberto e transparente!

Estrela, gerente da Nissan, demonstra também compreensão em relação às dificuldades do 3º. Setor e revela: já contribuímos em situações anteriores também com a organização interna da instituição, contratando profissional de comunicação, marketing ou administração. “Mas é preciso que o dirigente esteja aberto à ideia de que a instituição não é dele, é de todos”, alerta.

Portanto, diálogo, profissionalismo, transparência e comprometimento com a transformação social têm cada vez mais espaço entre as verbas do 2º Setor. Desafio ou realidade do 3º Setor em Bauru e região?

#fica a reflexão

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